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Afinal o que é taxonomia?


Regras de nomenclatura
Binominal
São dois nomes o primeiro indica o gênero (escrito com a letra inicial maiúscula) e o segundo indica a espécie (com a inicial minúscula); é escrito em latim (ou latinizado) e é grifado ou em tipo itálico, por exemplo: Alium cepa (cebola).
Se o nome da espécie se refere a uma pessoa, a inicial pode ser maiúscula ou minúscula, por exemplo: Trypanosoma cruzi (ou Cruzi), pois se refere ao médico brasileiro Oswaldo Cruz
Trinomial
Subespécies: o nome indicativo deve ser escrito sempre com inicial minúscula (mesmo quando se refere a uma pessoa), após o nome da espécie, por exemplo: Crotalus terrificus terrificus (cascavel)
Subgêneros: o nome deve ser escrito com inicial maiúscula, entre parênteses e após o nome do gênero, por exemplo: Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi (um tipo de mosquito)
Os nomes das famílias são identificados pelo sufixo idae ou aceae (como em felidae e rasaceae)
Reinos
Reino Monera: organismos unicelulares e procariontes, representados pelas bactérias e pelas cianobactérias (também conhecidas como cianofíceas ou algas azuis)
Reino Protista: organismos unicelulares e eucariontes, como os protozoários e certas algas
Reino Fungi: fungos que podem ser unicelulares ou pluricelulares e são organismos eucariontes e heterótrofos por absorção
Reino Plantae ou Metaphyta: organismos pluricelulares , eucariontes e autótrofos
certas algas e todos os outros vegetais: briófitas (musgos), pteridofitas (samambaias), gimnospermas (ginkgo biloba) e angiospermas (flor hibisco).
Reino Animalia ou Metazoa: os organismos pluricelulares, eucariontes e hetetrofos por ingestão esse reino abrange todos os animais, desde os poríferos ate os mamíferos
Cladograma: é um diagrama que representa as relações filogenéticas entre os seres vivos.
SOBRE
Origem das características sistemáticas
Na pré-história já era possível classificar os alimentos como nocivos à saúde através da observação e da experiência de outros animais que comiam plantas cabeludas, amargas e leitosas (C.A. L) tendo como resultado: a morte ou complicações (como enjoo, náuseas, coceira, etc.). Se a planta obtiver as três características ela pode ser considerada venenosa, essa classificação foi desenvolvida para evitar herbívoros, porém esse método não serve para todas as plantas. Há por exemplo o figo que é cabeludo amargo e leitoso, porém quando amadurece podemos comer.
No século III a.C., Aristóteles (aprendiz de Platão) fundou a escola “Liceu”, onde estudou sobre o ensino peripatético (encontrar/buscar pelo estudo). Esse importante pesquisador classificava os animais, por exemplo, os que possuíam e os que não possuíam sangue, sistema de classificação que facilitava nas pesquisas.
Em 1735, o médico e botânico sueco Karl Von Linné (também conhecido como Lineu) elaborou a Taxonomia, sistemática ou ciência da classificação dos seres vivos, que pode sofrer alterações a partir das descobertas de pesquisadores. Lineu estabeleceu categorias (do grego kathtopias) taxonômicas (ou táxons, categorias de classificação) que foram divididas em reinos, classes, ordens, gêneros e espécies e, por isso, foi considerado como “pai da biologia”. Atualmente as categorias taxonômicas são: reinos, filos, classes, ordens, famílias, gêneros e espécies.
Conceito de Espécie
Karl Von Linné e Carolus Linnaeus descobriram a diferença dos animais através do conceito biológico de espécie que se dava a partir da semelhança morfológica (forma), bioquímica (enzimas e proteínas) e cariotípica (número de cromossomos); da vivência na mesma área geográfica ao mesmo tempo; da cruza entre si, gerando prole fértil para formar a população; e do isolamento de outros grupos, com as mesmas características.
O isolamento pode ser geográfico, temporal, genético ou comportamental, qualquer que seja o tipo, gera o isolamento reprodutivo, ou seja, não se cruzam na natureza ou, quando o fazem, não geram descendentes ou esses são estéreis. Um exemplo conhecido é o da égua e do jumento que quando se cruzam geram uma mula ou um burro que é estéril.
Conceito de espécie

Quais são as características apomórficas (eles têm em comum que não se encontram em outros seres, o que une todos)? A Notocorda, que também é a característica plesiomórfica (de ancestrais).

Fonte:https://image.slidesharecdn.com/especiao-140303210225-phpapp02/95/especiao-18-638.jpg?cb=1393880608
População
Uma população ancestral pode se dividir em grupos e ocupar habitats distintos, submetidos a diferentes pressões de seleção natural, pois cada ambiente passa a selecionar diferentes variações em cada grupo. Os portadores de variações favoráveis podem sobreviver e gerar descentes, que poderão constituir espécies diferentes, com aspectos semelhantes em razão da ancestralidade comum.
Especiação
Processo evolutivo que envolve o surgimento de novas espécies, a especiação pode ser dividida em três partes: Especiação alopátrica, especiação simpátrica e especiação parapátrica
Especiação alopátrica: é o surgimento de novas espécies, que se inicia com a separação da espécie de duas ou mais populações por uma barreira geográfica (montanha, deserto ou floresta) situação denominada isolamento geográfico. As duas populações, submetidas a diferentes pressões, sofrem uma divergência genética (o fluxo de genes entre elas é impedido) e, consequentemente, ocorre o isolamento reprodutivo. Se indivíduos de duas populações isoladas geograficamente se encontrarem antes de o isolamento reprodutivo, eles ainda podem se cruzar e gerar descendentes férteis. Nesse caso, mesmo que apresentem diferenças significativas, os indivíduos continuam pertencendo à mesma espécie. A especiação alopátrica é considerada, muitas vezes, o único tipo de especiação.
Especiação simpátrica: ocorre sem que aconteça a separação geográfica, duas populações de uma mesma espécie vivem em uma mesma área, mas não ocorre cruzamento entre as populações. É comum observar que alguma modificação genética impediu esse intercruzamento, gerando assim diferenças que levarão à especiação. É uma das especiações mais raras.
Especiação parapátrica: ocorre quando duas populações de uma mesma espécie diferenciam-se e ocupam áreas contíguas, mas ecologicamente distintas. Por estarem em áreas de contato, é possível o intercruzamento, que acaba gerando híbridos. Essas áreas são chamadas de zona híbrida e acabam se tornando uma barreira ao fluxo gênico entre as espécies que estão se formando.
Evolução: Anagênese e cladogênese – Métodos de especiação.
Cladogênese: barreira geográfica que separa uma população ancestral em duas populações diferentes e elas podem se modificar e formar espécies diferentes
Anagênese: modificações graduais da espécie até se tornar uma espécie totalmente diferente da ancestral

Fontes:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/classificacao-biologica.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/especiacao.htm

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